"«Candidatos a vencer a Proliga»
João Figueiredo atesta qualidade do Illiabum
Após um período em que se viu obrigado a afastar-se da competição, João Figueiredo voltou ao activo e contribuiu decisivamente para que o Illiabum, o seu novo clube, conquistasse o primeiro troféu em disputa do calendário da Proliga – o Troféu António Pratas. As suas capacidades continuam intactas, bem como o seu sentido de liderança dentro de campo. O profissionalismo está colocado de parte, sendo a sua escola de basquetebol o novo grande desafio a curto prazo. Mas o presente está agora ligado ao conjunto de Ílhavo, uma equipa a quem reconhece qualidade para vencer todas as provas em que participa.
Como te sentes após o regresso à competição?
Quando se passa maior parte do tempo vivido até agora em competição, é difícil sentirmo-nos bem sem ela e neste fim-de-semana recuperei sensações que já não tinha há mais de um ano.
Participar no campeonato da Proliga foi algo propositado, ou simplesmente foi a melhor opção desportiva?
Foi um pouco das duas, atendendo à minha saúde, era indicado diminuir a exigência física semanal, e também tentar ficar perto de casa mais um ano. Desportivamente, neste momento em Portugal só se pode pensar em viver exclusivamente do basquetebol no FC Porto e no SL Benfica. Algo que, à excepção de um ou outro atleta, num ou outro clube, pessoalmente tive a felicidade de poder fazer toda a minha carreira em vários clubes até esta época. Após o meu problema de saúde, saí de um dos clubes em que alguns atletas vivem da profissão que exercem e deparei-me com uma realidade que nada tem a ver com tudo que vivi durante os últimos 16 anos em que fui exclusivamente profissional desta modalidade. E recuso-me a contribuir para um pseudo profissionalismo que muitos atletas, treinadores e dirigentes continuam a alimentar. Penso que nesta realidade qualquer atleta que saia do FC Porto e do SL Benfica vai forçosamente deixar de encarar o basquetebol como profissão exclusiva.
Este triunfo no troféu António Pratas vem comprovar que o Illiabum tem condições para lutar pelo campeonato?
Penso que com o plantel que foi formado, e com a realidade da competição, não podemos ter outro discurso senão o de afirmarmos que somos candidatos a vencer o campeonato da Proliga. Agora sabemos que há também mais duas ou três equipas que construíram planteis competitivos e que também aspiram a vencer o campeonato.
O grupo de trabalho é formado por muitas pessoas com experiência de Liga. Isso sente-se, e poderá funcionar como uma mais-valia durante a prova?
O facto de termos alguns jogadores que já tiveram minutos no principal escalão, é claramente uma mais-valia, pois de certo haverá jogos que serão decididos no fim ou por pequenas acções, e normalmente jogadores com mais experiência têm tendência a acertar mais nas decisões nesses instantes.
O projecto da sua escola de basket é já o preparar o teu futuro?
Sempre me interessei por um escalão que foi e continua a ser muitas vezes posto de lado pelos clubes – o minibasquete. E ao longo destes últimos anos fui idealizando um projecto, fui lendo muito de como funciona o minibasquete aqui ao lado, em Espanha, e vendo também como se trabalha lá nesta iniciação ao jogo de basquetebol. Assim que vi que o meu plano de vida dos últimos 16 anos tinha que ser alterado, quis pô-lo em prática. A AD Vagos estava com bastantes problemas neste escalão e convidaram -me para reestrutura-lo. Aceitei o convite, está a correr muito bem e felizmente para já continuo a fazer aquilo que mais gosto! "
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